sexta-feira, 27 de abril de 2012

Surpresa linda, linda, linda

E hoje, meus alunos do 3º ano do ensino Médio da escola Murialdo de Ana Rech fizeram uma surpresa absolutamente linda para mim...

Eles tinham que apresentar um trabalho em vídeo sobre Política e, no meio do vídeo, a surpresa:

Coisa mais amada!!!!




A emoção foi tão grande! E a surpresa também...

São gestos como esses que fazem a vida valer a pena...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Por que o jovem não deve ler

Por que o jovem não deve ler
Calma, prezado leitor, nem você leu errado, nem eu pirei de vez. Este artigo pretende isso mesmo: dar novos motivos para que os moços e moças de nosso Brasil continuem lendo apenas o suficiente para não bombar na escola.

Continuem, jovens, vendo a leitura como algo completamente estapafúrdio, irrelevante, anacrônico, e permaneçam habitando o universo ágrafo dos hedonistas incensados nos reality shows.

(Epa, acho que exagerei. Afinal, quem não lê, muito dificilmente vai conseguir compreender essa última frase. Desculpem aí, manos: eu quis dizer que os carinhas, hoje, precisam de dicionário pra entender gibi da Mônica, na onda dos sarados e popozudas que veem na telinha, e que vou dar uma força pra essa parada aí, porra.)
Explico mais ainda: é que, aproveitando o gancho do Salão do Livro InfantoJuvenil, no Parque do Ibirapuera, Sampa, pensei em escrever sobre a importância da leitura. Algo leve mas suficiente para despertar em meia dúzia de jovens o gosto pela leitura (de quê? De tudo! De jornais a livros de filosofia; de bulas de remédio a conselhos religiosos; de revistas a tratados de física quântica; de autores clássicos a paulos coelhos).

Daí aconteceram três coisas que me fizeram mudar de rumo e de ideia.

Primeiro, eu li que fizeram, alguns meses atrás, um teste de leitura com estudantes do ensino fundamental de uma dezena de países. Era para avaliar se eles entendiam de verdade o que estavam lendo. Adivinhem quem tirou o último lugar, até mesmo atrás de paizinhos miseráveis e perdidos no mapa- múndi? Acertou, bródi: o nosso Brasil.

Saída única

Logo depois, li uma notícia boa, que, na verdade, é ruim: o (des)governo de São Paulo anuncia maior número de crianças na escola, mas adotou a política da não reprovação. Traduzindo: neguinho passa de ano, sim, mas continua tecnicamente analfabeto. Porque ler sem raciocinar é como preencher um cheque sem saber quanto se tem no banco.
E, por último, li, em pesquisa publicada recentemente nos jornais, que, para 56% dos brasileiros entre 18 e 25 anos, comprar mais significa mais felicidade, pouco se importando com problemas ambientais e sociais do consumo desenfreado. Ou seja, o jovem brasileirinho gosta de comprar muitas latinhas de cerveja, mas toma todas e joga todas nas ruas ou nas estradas, sem remorso.

Viram como ler atrapalha? A gente fica sabendo de fatos que, se não soubesse, teria mais tempo para curtir o próprio umbigo numa boa, sem ficar indignado e preocupado com a situação atual de boa parte de nossa juventude.

E também faz o tico e o teco (nossos dois neurônios que ainda funcionam, já que, se dividirmos o quociente de inteligência nacional pelo número de habitantes, não deve sobrar mais que isso per capita) malharem e suarem, em vez de ficarmos admirando o crescimento do bumbum e do muque no espelho das academias de musculação.
Por isso que, num momento de desalento, decidi que de agora em diante, como escritor e professor, nunca mais vou recomendar a ninguém que leia mais, que abra livros para abrir a cabeça.

A realidade é brutal e desmentiria em seguida qualquer motivo que eu desse para um jovem tupiniquim trocar a alienação pela leitura.

Reconheço: a maioria está certa em não ler. E tem, no mínimo, cinco razões poderosas, maiores e melhores que meus frágeis argumentos ao contrário:

1. Se ler, vai querer participar como cidadão dos destinos do país. Não vale a pena o esforço. Como disse Lula (que não teve muita escola, mas sempre leu pra caramba), a juventude não gosta de política, mas os políticos adoram. Por isso que eles mandam e desmandam há séculos;

2. Se ler, vai saber que estão mentindo e matando montes de jovens todos os dias em todos os lugares do Brasil, impunemente; principalmente, porque esses jovens não percebem nem têm como saber (a não ser lendo) a tremenda cilada que é acreditar que bacana é mentir e matar também;

3. Se ler, vai acordar um dia e se perguntar que diabo é isso que anda acontecendo neste lugar, onde só ladrões, corruptos, prostitutas e ignorantes aparecem na mídia;

4. Se ler, vai ficar mais humano e, horror dos horrores, é até capaz de sentir vontade de se engajar num trabalho comunitário, voluntário e parar de ser egoísta;

5. Se ler, vai comparar opiniões, acontecimentos, impressões e emoções e acabar descobrindo que sua vida andava meio torta, meio gado feliz.

O espaço está acabando e me deu vontade de lembrar que ninguém – nem mesmo alguém que não vê utilidade na leitura – pode achar que há um belo futuro aguardando uma juventude que vai de revólver pra escola e, lá, absorve não conhecimentos mas um baseado ou uma carreirinha maneira. Sim, é outra pesquisa que li, esta dando conta de que sete entre dez estudantes brasileiros andam armados, três entre dez se drogam na escola, sete entre dez bebem regularmente.

Mas paro por aqui, já que, apesar desses tristes tempos verdes e amarelos (as cores do vômito, papito), lembro também de tantos poetas, jornalistas e escritores que, ao longo de minha vida de leitor apaixonado, me deram toques de esperança, força e fé na mudança.

De um especialmente – o poeta Thiago de Melo –, com seu verso comovido e repleto de coragem: “Faz escuro, mas eu canto!”

Talvez meu pequeno cantar sirva de guia do homem (e mulher) de amanhã. E que, lendo mais, ele/ela evite ter como única alternativa para mudar de vida dar a bunda (e a alma) ou engolir baratas (e a dignidade) diante das câmeras.

***
[Ulisses Tavares é poeta, jornalista, publicitário, roteirista de televisão e professor]
Fonte:
http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed689_por_que_o_jovem_nao_deve_ler

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alice Ruiz: "Exemplos de atitude ensinam mais que teorias"

Alice cresceu sem ter acesso a muitos livros, mas encontrou motivação na família para se tornar uma respeitada poeta e compositora


Acho que existem três tipos de educação.
A que se recebe em casa. A formal, que se recebe na escola.
E aquela que nós próprios fazemos, depois, quando adultos.

Em minha casa só existia um livro, a Bíblia. E eu fui criada para trabalhar muito cedo e não para prosseguir nos estudos.
Mas, ainda assim, recebi um exemplo de mulheres fortes, que lutaram por seus espaços e pelas coisas nas quais elas acreditavam.
E exemplos de atitude, como sabemos, ensinam mais que teorias.

O primeiro livro que ganhei foi de uma professora de história, descobri um novo mundo ali e virei leitora voraz.
Meu professor de latim me deu o gosto pela etimologia, pela origem das palavras, o que, em si já traz o cerne da poesia.
Meu professor de inglês nos fazia traduzir e decorar poemas. E me fez ,assim, descobrir esse prazer.
E houve um professor de português que vibrava tanto com minhas redações que me fez acreditar em mim mesma nesse caminho.

Mas, além disso, eles me ensinaram algo ainda mais importante, gostar de aprender.
Acredito que a principal função da Educação é despertar o gosto pelo aprendizado.
Muito mais do que assimilar essa ou aquela matéria.
Porque aprender vira um hábito que nos acompanha para sempre.

Alice Ruiz é poeta, compositora, tradutora. Ministra oficinas de haikai no Brasil, desde 1990. Já publicou diversos livros e recebeu dois prêmios Jabutis por suas poesias em "Vice-Versos" e "Dois em Um". Como compositora, tem parcerias com artistas como Alzira Espíndola, Arnaldo Antunes, Chico César, Itamar Assumpção, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, entre outros.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sim, eu sei, andei sumida. Desaparecida, na verdade... A “Síndrome da folha em branco” me alcançou e a inspiração para escrever desapareceu.
Mas eis que nesta quarta-feira, dia 21/03, aconteceu algo que simplesmente não posso deixar de compartilhar.
Uma das minhas três turmas de 3º ano do Ensino Médio fez uma surpresa linda para me convidar para ser paraninfa deles na sua formatura (detalhe: estamos em março e a formatura é somente em dezembro!).
Entrei na sala de aula e estava tudo escuro. Quando acendi as luzes eles estavam enfileirados uns ao lado dos outros, cada um segurando uma folha de papel com uma letra, onde se lia: “Andréia, aceita ser nossa dinda?” e outra folha com um coração escrito “Nós <3 você”. Eles também enfeitaram a sala com balões coloridos, e escreveram no quadro “Nós te amamos sua linda!”.
Além disso, ainda me presentearam com uma cesta enooooorme com 30 rosas (30 alunos = uma rosa para cada aluno) e um cartão lindíssimo! 
 


 
 
Óbvio que chorei né? Aliás, não só chorei como comecei a transpirar, a tremer e a gaguejar. Fiquei absolutamente feliz com tamanha demonstração de afeto e carinho!
Sei que muitos dirão: “Minha nossa! Mas como é exagerada! Foi só um convite p/ ser paraninfa de um 3º ano, e daí?”.
Bem, para aqueles que pensam assim, é preciso que eu esclareça que sou absolutamente apaixonada pela minha profissão e, principalmente, pelos alunos que fazem (e fizeram) parte da minha vida. Cada um deles é como se fosse um pedacinho de mim. Cada olhar carinhoso, cada sorriso, cada abraço que recebo deles é como se eu recebesse uma dose extra de felicidade. E eu realmente me importo com eles, com seus sentimentos. Com seus problemas, com suas conquistas, com suas alegrias. Sempre acreditei que demonstrações de amor e carinho são absolutamente essenciais e fazem bem tanto a quem as recebe quanto a quem as oferece. Por isso fiquei tão emocionada, feliz e lisonjeada com o convite, pois foi uma retribuição do carinho e amor que sempre lhes dedico.
Este post foi originalmente publicado no blog "De repente, 30...", no qual escrevo aos domingos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ética e Moral: Vídeo de Alunos

Hoje vou dar uma de profe coruja e vou mostrar o belíssimo trabalho que foi feito em uma das minhas aulas de Filosofia!
Assistam o vídeo e depois me digam se tenho ou não razão de AMAR o que eu faço!


Quem está cantando é o Vinícius Modelski.
O trabalho foi realizado no segundo semestre de 2011, com os segundos anos de Ensino Médio e o tema era Ética e Moral.
Deixei livre para que cada aluno criasse o que preferisse, contanto que abordasse os conceitos trabalhados em aula.
Vocês não imaginam quantas coisas maravilhosas eles fizeram...

Tenho muito orgulho de ser profe de Filosofia e de ter alunos tão especiais!

E então, curtiram o vídeo?
;)
Bjs!


 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Livros de Filosofia com 50% de desconto!!!

Olá pessoal tudo bem?

Hoje vim aqui comunicar algo realmente MUITO bom!!!

A Livraria Travessa está com uma super promoção:

MAIS DE 100 LIVROS DE FILOSOFIA COM 50% DE DESCONTO ATÉ O DIA 08/02!!!

Se vc curte Filosofia essa é uma excelente oportunidade para montar sua biblioteca particular, não acha?

Para ver essa mega promoção basta clicar AQUI.

E para os iniciantes eu sugiro o livro:
Antologia Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna,
de Ubaldo Nicola.


Sinopse: este livro aborda-se o pensamento de cinqüenta dos maiores filósofos da humanidade, de Tales até os pensadores do início do século XX. Desenvolvido com base nas obras originais, o livro propõe um prazeroso processo que permite ao leitor formular suas próprias questões e identificar o que diferentes pensadores de épocas distintas argumentaram a respeito.


Fica a dica, pessoal!
Boas compras!
;)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pensar, pensar

Por Fundação José Saramago 

"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia.
Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos.
Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma."

Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008
Fonte: http://caderno.josesaramago.org/2010/06/18/pensar-pensar/


E você, o que acha disso?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ética x Moral

Você sabe o que é ética? E o que é Moral?
As pessoas, em geral, fazem uma grande confusão entre esses dois conceitos, geralmente tomando-os como sinônimos. Mas em que sentido Ética e Moral diferem?

Vamos descobrir?

Moral:

A Moral é normativa, ou seja, diz respeito aos costumes dos povos, ao conjunto de hábitos, regras, normas, leis que regulam a conduta de um povo, nas diversas épocas. Ela é abrangente, divergente e variante de cultura para cultura.

A moral geralmente visa circunstâncias e necessidades imediatas de um povo e, por isso, pode variar (e geralmente varia) de cultura para cultura e dentro da mesma cultura.

Por exemplo:
Há apenas algumas décadas atrás não era permitido à mulher usar roupas que mostrassem mais do que o tornozelo.


No entanto, ao longo do tempo, isso sofreu uma grande variação, ou seja, o que era considerado “imoral” tempos atrás, hoje é completamente aceito pela sociedade e, mais que isso, passou a fazer parte da moral atual.



                                                                                                       
ÉTICA:
A Ética é especulativa e possui um caráter crítico-reflexivo. Ela procura o nexo entre os meios e os fins dos costumes, das condutas, das leis.

Ela é específica na medida em que busca avaliar a fundamentação de cada costume, de cada prática cultural.
Ela assume um caráter universal (que independe das práticas culturais dos povos) enquanto reflexão crítica.
Ou seja, ela é específica na medida em que é o sujeito que realiza a reflexão e ela é universal na medida em que todos podem (e devem) realizar essa reflexão acerca dos pressupostos das normas e leis.

A ética não estabelece normas, ela já se depara com toda a historia de um povo, com todos os seus costumes (Moral).
A ética procura estudar a origem; como tudo começou, quais os objetivos da moral, fazendo uma reflexão crítica do comportamento moral dos homens enquanto seres sociais;
A ética fundamenta-se na teoria, ou seja, ela se preocupa em esclarecer, explicar, procurar respostas e demonstrar as falhas na fundamentação das práticas culturais.
A
ssim, ela não visa interesses individuais, e sim valores com validade universal, buscando sempre o bem comum. Por exemplo:

Na Moral (lei) brasileira, atualmente, existem dois casos em que o aborto é “moralmente” aceito:
a) Em caso de estupro;    b) Quando a mãe corre claro e eminente risco de morte, caso dê à luz.
Ambos os casos possuem sustentação legal e moral, contudo, ambos são eticamente justificáveis?
Embora ambos sejam moralmente justificáveis, apenas aquele no qual a mãe corre eminente risco de morrer poderia ser considerado eticamente justificável, porque é o único caso que se refere ao valor intrínseco de uma vida e não em contingências.
No caso em que a mãe corre eminente risco de morrer, o médico pode optar, sem estar agindo contrário à ética, pelo aborto em favor da vida da mãe. Nesse caso, não se trata de optar por um valor menor ou maior ou vice-versa.
O valor em questão é a vida humana, é "vida contra vida".
Qualquer que seja a decisão do médico (pela mãe ou pelo bebê) estará agindo eticamente, pois estará agindo em função da vida (que é um pressuposto ético universal).
Somente nesse caso, portanto, o aborto é eticamente justificável, embora seja moralmente aceito nos dois casos. 

Assim, pode-se dizer que Ética e Moral distinguem-se, essencialmente, pela especulação das leis, das normas.

É moral cumprir as leis, as normas vigentes. No entanto, é ético questionar o fundamento dessas leis e normas.
 E então, deu para entender um pouquinha a diferença entre Ética e Moral?

Abraços,

domingo, 22 de janeiro de 2012

Mas, afinal, o que é Filosofia e para quê serve?

Atualmente está na moda falar em Filosofia.
Ligamos a televisão e lá está ela, navegamos na internet e, novamente, ela aparece em inúmeros sites.
Toda essa mídia nos coloca frente a frente com a seguinte questão: para quê serve essa tal de Filosofia?
Na Grécia antiga, berço de seu nascimento, havia alguns homens que, por motivos diversos, começaram a questionar sobre as coisas do mundo: a natureza, a divindade, o próprio homem etc.
Todavia, esses homens que buscavam respostas sobre quase tudo na vida, deixaram de formular a pergunta que hoje nos intriga: “Ora, mas para quê, afinal, serve a Filosofia?”.

Bem, antes de prosseguirmos, faça uma pausa na leitura e recorde-se de sua música favorita. Recordou-se? Pois bem, agora atribua a ela uma finalidade. Sim, isso mesmo, uma finalidade, uma “utilidade” imprescindível. Difícil? Agora responda o seguinte: mesmo não conseguindo atribuir uma finalidade específica a sua música favorita, mesmo não conseguindo atribuir-lhe, por assim dizer, uma “utilidade”, você ainda continua apreciando-a e acreditando que ela é importante, não é mesmo? E se pensarmos sobre a arte, será que conseguiremos atribuir-lhe alguma “utilidade”, algum fim específico? E, no entanto, apesar da dificuldade de atribuir uma finalidade a essas coisas, continuamos achando-as importantes e reconhecendo seu incomensurável valor para a humanidade ao longo dos tempos.
  Assim é com a Filosofia. Embora talvez nesse momento você sinta dificuldade em atribuir-lhe um sentido, um significado, isso não quer dizer que ela não seja importante. Imaginemos, porém, que você consiga atribuir-lhe uma finalidade e que essa finalidade que você atribuiu acabe por levantar outra questão. Nesse momento, efetivamente, estará acontecendo o filosofar.
Na Filosofia, todas as respostas são provisórias.
Elas estão apenas aguardando que novas perguntas sejam feitas para ceder seu lugar a novas respostas que, por sua vez estarão aguardando novas perguntas e assim sucessivamente.
Na Filosofia, as perguntas são mais importantes do que a resposta propriamente dita, porque é a pergunta que impulsiona o filósofo em direção ao conhecimento.
Não acredita que isso seja Filosofia? Pois o próprio significado da palavra confirma isso:

FILOSOFIA = PHILOS + SOPHIA.

PHILOS = AMIZADE / AMIGO E SOPHIA = SABEDORIA.

Assim, se fôssemos definir Filosofia de acordo com o significado da palavra, seria algo mais ou menos assim: A Filosofia é a amizade pela sabedoria. E, nesse caso, o filósofo é aquele que ama a sabedoria. Ou seja, o filósofo nada mais é do que aquela pessoa que gosta de saber o porquê das coisas, que está sempre em busca de novas respostas às perguntas mais simples possíveis – e que, justamente por serem simples, ninguém pensa nelas.
O filósofo é um amante do conhecimento.

A filosofia é uma linguagem de amor à sabedoria. Nasceu do amor que busca compreender o mundo, os outros e a si mesmo. O amor cria laços, vincula, se expressa e se comunica. E o desejo de compreender a realidade gerou a filosofia.” (Pensando Melhor - Iniciação ao Filosofar. Angélica Sátiro e Ana Míriam Wuensch)
 
O filósofo assume uma atitude de constante questionamento. Ele faz perguntas, busca respostas, faz novas perguntas,  num constante caminhar em direção ao conhecimento.
  • Por que as coisas são como são e não de outra maneira?     
  • O que é o tempo?
  • O que é a verdade?   
  • O que é ética?             
  • O que é moral?                      
  • O que é liberdade?    
  • É possível ser livre?               
  • De onde surgiu o mundo?
Esses são alguns exemplos de questões que os filósofos fizeram há muitos anos atrás e que, ainda hoje, nós nos questionamos vez ou outra. Você mesmo já deve ter se perguntado algo assim, não é mesmo?

Se alguém lhe dissesse que você tem que ficar três dias sem comer porque é assim que as coisas devem ser, qual seria sua atitude? Você simplesmente aceitaria sem questionar?
Acredito que não.
Sua primeira reação seria a de espanto frente ao que se apresenta. Em seguida, você iria questionar de onde surgiu essa ideia, quem disse que essa ideia é adequada etc.?
Ou seja, você iria questionar a realidade para, só então, aceitá-la ou não, como verdadeira.
E é justamente esse que seria, por assim dizer, o papel da Filosofia: Sacudir-nos de nosso mundinho a fim de que olhemos para ele e questionemos porque as coisas são como são. Nesse sentido, todos somos filósofos, basta que não nos acostumemos às coisas, basta que estejamos sempre abertos ao espanto, que não deixemos jamais se apagar em nós o espírito de peregrinação em busca do saber, em busca do conhecimento.

Ao perguntarmos o que é Filosofia, à filósofa Marilena Chauí, ela nos responde que poderia ser a decisão de não aceitar as coisas como óbvias, as ideias, os fatos, as situações, os valores e os comportamentos; em síntese, Filosofia pode ser definida também como a não aceitação dos elementos da existência humana sem antes havê-los investigado e compreendido.


E para você, o que é Filosofia???

Abraços,

Olá!

Olá a todos!
Me chamo Andréia e sou professora de Filosofia.
Criei esse blog com o intuito de compartilhar com vocês minhas experiências em sala de aula, minhas expectativas, meus textos, pensadores e citações favoritos e, principalmente, para mostrar a todos que a Filosofia pode (e deve!) sim ser divertida e interessante!

Sejam todos bem-vindos!


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