sábado, 9 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
DETERMINISMO, FATALISMO E LIVRE-ARBÍTRIO
DETERMINISMO
O
Determinismo Absoluto ou Universal afirma que os fatos de nossa vida e da
história passam a ser decorrentes de um complexo sistema de causas e efeitos
inevitáveis e independentes de nossa vontade.
O
Determinismo Absoluto leva ao mecanicismo,
segundo o qual o homem é previsível e controlável como uma máquina e, portanto,
sem autodeterminação, sem liberdade.
FATALISMO
Denomina-se
fatalismo ou destino à crença de que os fatos de nossa vida dependem, não do
exercício de nossa liberdade, mas da vontade de forças superiores, como Deus ou
Deuses.
É
comum encontrarmos pessoas fatalistas. Após tragédias como enchentes, mortes no
trânsito, há sempre alguém para justificar: “Tinha de acontecer, era o destino,
estava escrito...”.
A
crença no destino nega radicalmente a liberdade humana e é maléfica para a
sociedade: pois, se o nosso destino já está predeterminado, para que educar
para o trânsito? Para que exigir das autoridades a solução das enchentes? Para
que lutar por justiça? Para que reivindicar o fim das opressões? Se somos
determinados pelo destino, não há como responsabilizar os desonestos, os
opressores, os exploradores, os ladrões e os assassinos, pois seriam, todos
eles, vítimas do destino.
Os
adeptos do fatalismo ignoram que os homens é que constroem e destroem cidades,
criam culturas, erguem civilizações, arquitetam guerras e promovem a paz.
Apesar dos condicionamentos, o homem se define pela liberdade e pela
responsabilidade.
O LIVRE-ARBÍTRIO
O Livre-arbítrio é,
basicamente, a expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as
decisões livres. O homem tem capacidade de discernimento, o que lhe possibilita
fazer escolhas voluntárias e independentes de qualquer pressão interna ou
externa:
“O homem tem o poder
de escolher um ato ou não, independentemente das forças que o constrangem. Ser
livre é decidir e agir como se quer, sem qualquer determinação causal, quer seja
exterior (ambiente em que se vive), quer seja interior (desejos, caráter)”. (ARANHA, M. Lúcia de A. e MRTINS, M. Helena P.
Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986. P. 316).
O livre arbítrio, que quer dizer,
o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o
mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Ele é, tanto uma
crença religiosa, quanto uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o
poder de decidir suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo e crença.
A pessoa que faz uma livre
escolha pode se basear em uma análise relacionada ao meio ou não, e a escolha
que é feita pelo agente pode resultar em ações para beneficiá-lo ou não. As
ações resultantes das suas decisões são subordinadas somente a vontade
consciente do agente da ação.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
LIBERDADE
LIBERDADE
Pessoa livre é aquela
que pensa e age por si própria, não é constrangida a fazer o que não deseja nem
é escrava ou prisioneira. Ser livre é decidir como agir sem determinação
causal, nem exterior (ambiente em que se vive), nem interior (desejos). É a
possibilidade de termos a escolha de agir de uma forma ou de outra.
Representa a ideia de
liberdade ética, o sujeito moral capaz de decidir com autonomia em relação a si
mesmo e aos outros. Essa liberdade depende das vontades humanas e de lugar
público democrático, espaço comunitário e solidário. Para Kant, ser livre é ser
autônomo, isto é, dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Ele
considera isso necessário à consciência do indivíduo sobre as leis morais
vigentes, ou seja, a liberdade é admitida com conhecimento consciente pela
autonomia e à vontade. Essa vontade não deve ser bloqueada por nenhum tipo de
heteronomia. Portanto, a pessoa dotada de liberdade, ou seja, sem intervenções
de outrem, pode fazer uso desta, porém o fará com maior clareza se seu
conhecimento e consciência de sua liberdade existir.
Para Jean-Paul
Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é,m antes de
tudo, livre. O homem é livre mesmo de uma essência particular, como não o são
os objetos do mundo, as coisas. Livre a um ponto tal que pode ser considerado a
brecha por onde o nada encontra seu espaço na ontologia. O homem é nada antes
de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se engajar-se,
encerrar-se, esgotar a si mesmo.
Para ele o homem só
não é livre para não ser livre, está condenado a fazer escolhas, e a
responsabilidade de suas escolhas é tão opressiva, que surgem escapatórias
através das atitudes e paradigmas de má fé, onde o homem aliena-se de suas
própria liberdade, mentindo para si mesmo através de condutas e ideologias que
o isentem da responsabilidade sobre as próprias decisões.
OS LIMITES DA LIBERDADE
“Nossa liberdade é uma liberdade
condicionada, uma liberdade em condição humana, nossa vida se desenvolve entre
os limites inacessíveis de uma liberdade zero e de uma liberdade infinita”.
(George Gusdorf)
“O homem nasce livre e, por toda
parte, é posto a ferros”. (Rousseau)
Não existe liberdade
zero. Por mais escravizada que se ache uma pessoa, sempre lhe sobra algum poder
de escolha. Nem que seja entre a vida e a morte. Do mesmo modo que não existe
liberdade zero, também não há liberdade infinita ou absoluta. Ninguém pode
escolher tudo. Ninguém, por exemplo, escolhe entre nascer, nem escolhe seus
pais, nem o país, nem a época em que vive.
Somos, pois,
limitados, condicionados, determinados por uma série de fatores que não dependeram
nem dependem de nossa vontade.
Além desses
condicionamentos ou determinismos inevitáveis, existem outros, evitáveis,
criados pelo próprio homem. O ladrão, por exemplo, corre o risco de perder a
liberdade de locomoção, e os que se drogam de ficarem viciados, escravizando-se
às drogas.
Mas as restrições à
liberdade não são criadas apenas pelos indivíduos, isoladamente. É na
organização social e política que é engendrada a maioria dos entraves à
liberdade. Um povo de analfabetos, doentes e famintos tem uma liberdade de
acordo com suas condições subumanas.
LIVRES COM OS OUTROS
“O outro não é o limite da nossa
liberdade, mas a condição para atingi-la” (Arruda Aranha e Pires Martins)
Costuma-se dizer que
a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro. Isso só faz sentido
em algumas situações, como, por exemplo, no condomínio de um edifício. Tenho
liberdade para ouvir a música que quiser. O volume do som, porém, não deverá
incomodar o vizinho.
Mas o exercício da
liberdade se realiza com o outro, na interação social, na verdadeira política,
na luta pela justiça, pela igualdade dos direitos essenciais, pela
solidariedade. O individualismo, o cada-um-por-si, enfraquece nosso poder de
ação.
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